Ensino e aprendizagem

Língua Portuguesa: cuidado com os vícios de linguagem!

Evite ruídos na comunicação e se atente ao uso de expressões inadequadas!

O conteúdo escolar que cobre a Língua Portuguesa é bastante amplo e segue uma sequência que aprofunda a matéria em diferentes frentes, incluindo gramática, ortografia, redação, interpretação de texto, entre outros pontos importantes. Além do que aprendemos em sala de aula, nosso idioma é vivido todos os dias.

E é justamente na rotina que os vícios de linguagem aparecem. Existem diversos tipos de vícios de linguagem, e como o próprio nome indica eles não são nada positivos. Eles acontecem quando alguém (o enunciador) utiliza estruturas ou expressões inadequadas pela norma culta da língua portuguesa. Isso ocorre por desconhecimento ou por desatenção, gerando ruídos de comunicação. 

É importante ter cuidado com os vícios de linguagem, e ainda mais se estamos em um contexto de estudo ou trabalho. Listamos aqui alguns dos tipos mais comuns de vícios de linguagem e aspectos para observar na língua portuguesa. Confira!

Cacofonia

Uma cacofonia, ou um cacófato, ocorre quando a aproximação entre palavras gera um som desagradável e pode até soar ofensivo. É mais comum de ser percebida em conversas ou ao ler um texto em voz alta. São exemplos de cacófatos: “uma mão lava a outra” (um mamão?), “acho que vi ela” (viela), “um por cada convidado” (a porcada?).

O cuidado com a cacofonia é importante na expressão oral e também na redação. Uma boa revisão ajuda a evitar qualquer desentendimento.

Pleonasmo

Já o pleonasmo acontece quando utilizamos a repetição de um termo ou uma expressão para reforçar uma ideia. Essa redundância fica aparente tanto na escrita e leitura como em uma conversa. Neste ponto, é interessante considerar que existe o pleonasmo também como figura de estilo (pleonasmo gramatical e pleonasmo lexical), sendo muito utilizado em músicas e na literatura.

O vício de linguagem aparece em expressões como:

  • entrar para dentro;
  • subir para cima;
  • cego dos olhos;
  • fato real;
  • escolha opcional.

Embora façam parte da linguagem coloquial, é importante evitá-los principalmente na expressão escrita.

Estrangeirismo

O estrangeirismo é muito comum e marca presença em ambientes corporativos. Com a internet, a utilização de termos em outros idiomas (com destaque para o inglês) fica cada vez mais comum e acaba desencadeando uma nova classificação de vício de linguagem. O estrangeirismo é incorreto quando temos uma expressão em português equivalente, por exemplo:

  • tenho um job = trabalho;
  • vamos marcar uma call = chamada, ligação;
  • você é um gentleman = cavalheiro.

Barbarismo

O barbarismo é o uso incorreto de uma palavra seja na pronúncia, na escrita ou atribuindo o significado errado. São exemplos:

  • ancioso = ansioso (escrita);
  • ôvos = óvos (pronúncia);
  • foi preso em fragrante = flagrante (significado).

Mais um exemplo que é amplamente notável na linguagem coloquial.

Solecismo

Já o solecismo acontece em inadequações sintáticas, especificamente na concordância, na regência e na colocação pronominal. De forma geral, é uma frase mal construída. Por exemplo:

  • a gente vamos viajar = a gente vai viajar (concordância verbal);
  • cheguei na sua casa = cheguei à sua casa (regência);
  • ela emprestou-me um lápis = ela me emprestou um lápis (colocação).

Enfim, aqui trouxemos exemplos dos vícios de linguagem mais comuns. A língua portuguesa é rica e muito diversa! Se deseja apoiar os estudos de seu filho, aproveite para conhecer os cursos Academia KLUG.